quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

CRONICAS DE TRAVASSOS - Ou vice ou versa


Estou trabalhando feito louco depois da proibição de vaquejada pelo STF alegando inconstitucionalidade no Ceará. Muitas coisas aconteceram desde que fui em Brasília para participar na Câmara dos Deputados de uma acalourada sessão pública da comissão de cultura onde encontramos concordantes e não concordantes. Foi na verdade uma das coisas mais bonitas, mais ordeiras e mais unida do povo Nordestino em prol da vaquejada. Encontrei ativistas muito equilibrados e encontrei outros tantos que criam personagens e dizem asneiras. Logo após Brasília fui para Garanhuns para a vaquejada do dom Roxão para atuar como juiz de equipamentos e Bem-estar Animal pela ABVAQ. Lá conheci o jornalista Marco Aurélio Canônico da Folha de São Paulo que estava fazendo uma matéria sobre vaquejada. Ele veio conversar comigo e eu gostei dele porque era uma pessoa culta, não era um urbanita radical, embora não parecesse. Em meio de nossas conversas eu lhe perguntei: - Qual o maior advento da humanidade? Ele parou, pensou um pouco e me disse: - Para mim foi a descoberta do fogo. E rapidamente devolveu: - E para o Senhor? - Eu lhe respondi de bate pronto: - Para mim foi a domesticação dos animais e dos vegetais. Ora, o fogo não foi descoberto pelo homem foi resultado de relâmpagos que terminaram nele, agora, conservar o fogo ativo foi o papel do Homo sapiens. Agora, na domesticação foram muitos anos (milhares) até termos trinta e três espécies consideradas domésticas. Hoje, eu sou um Evolucionário, o gene “domo” não se encontra nas espécies fora dessa lista. Quantos sapiens morreram até a domesticação dos vegetais através de plantas tóxicas alucinógenas e não deglutíveis. Então para mim o maior advento da humanidade foi quando o homem conseguiu ter o poder sobre essas espécies e distingui-las entre animal de estimação e de produção. O maior respeito a esses animais é saber que na verdade eles não estão nos dando proteína de origem animal, eles estão nos dando “vida”. A vaquejada usa os bovinos na corrida onde o cavalo de puxar e o de esteira levam-no até a faixa onde provocam uma queda. O Marco Canônico ainda me perguntou se o boi pedia pra correr ou pra cair? Respondi-lhe: É claro que não, do mesmo jeito que cachorro de ativista não pede pra ficar em apartamento, vestido como gente, comendo feito gente, retirando cordas vocais pra não latir, fazendo histerectomia para não emprenhar, disse-lhe. Acho que a polarização existe, quem é contra é contra, quem é a favor é a favor e isso não vai mudar. O que precisa-se fazer é a normatização da vaquejada e respeitar as regras do Bem-estar. E para finalizar me lembrei que lá em Brasília tinha uma moça/velha que estava na plenária de preto (parecia o cão), Alexia não sei de que, que disse que pagava a Bolsa Família dos Nordestinos. Eu não sabia que o nome dela era Governo Federal (se é ela quem vem pagando) e em segundo lugar eu acho que ele pegou uma doença muito comum que é “Antropomorfismo” isto é, dar forma humana em algumas situações aos animais. Acho que na verdade ela é uma anta com cara de gente, ou vice-versa quem sabe.



Professor Travassos, especialista em equinos.

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