sábado, 19 de agosto de 2017

A ORIGEM DA MÚSICA "PARA LENNON E MCCARTNEY"


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Mais um trecho do livro "Os sonhos não envelhecem", de Márcio Borges, que será sorteado no próximo dia 3 de setembro para os que participaram do sorteio do livro "Pelos caminhos da Estrada Real" (ver relação dos participantes, abaixo) . Desta vez, destaco parte das páginas 247 e 248, que fala sobre a origem da canção "Para Lennon e McCartney" (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant), única parceria de Márcio e Fernando até o momento. Na foto, está a administradora do restaurante Sinhá Olímpia, em Ouro Preto, com Márcio, Lô e Fernando Brant.
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COMO NASCEU "PARA LENNON E MCCARTNEY"
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Leise, eterna namorada de Fernando Brant, estava na cozinha preparando uma macarronada. Mamãe Maricota e seu Salomão também confraternizavam com os filhos e os amigos dos filhos, tomando cerveja no meio da turma. Papai não perdia a chance de pegar um no canto e arriar filosofia. Mamãe o repreendia, vendo-lhe a sofreguidão cervejeira:
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-Não vá exagerar, héin, Salim.
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Na saleta de piano, Lô Borges convocou a mim (Márcio Borges) e ao Fernando Brant para ouvirmos um tema que acabara de compor ali na hora, no meio daquela confusão de irmãos, amigos e cervejada.
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Todos os que estavam por perto na hora se acercaram do piano, para ouvir o tema de Lô. Então, depois de executá-lo por diversas vezes, a ponto de todos estarmos cantarolando os "lá-Iá-Iás" em uníssono com ele, sem erros, Lô parou de tocar e nos propôs:
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-Então? Vocês dois não querem meter uma letra nisso não?
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-Só se for agora - respondeu Fernando.
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-Qual é o tema que você pensou pra ela? - perguntei.
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-Na verdade, eu (Márcio Borges) estava pensando na parceria do John e do Paul... nas parcerias, né. A gente aqui, também fazendo as nossas ... e eles nunca vão saber. Mas pode ser outra coisa qualquer que vocês sentirem - Lô se apressou em dizer.
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-Por mim esse tema está ótimo - disse Fernando.
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-Eu faço a primeira parte e você faz a segunda - combinei com ele. Providenciei canetas e papel e nos trancafiamos no quarto de meus pais. Eu não queria perder a festa, nem Fernando. Em menos de meia hora, portanto, estávamos de volta à saleta do piano, bem a tempo de pegar a saída da macarronada de Leise. Já havia até alguns de prato na mão, ao redor do piano, quando Lõ cantou pela primeira vez os rabiscos que colocamos diante dele, na estante do piano. Na minha parte estava escrito:
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Porque vocês não sabem do lixo ocidental
Não precisam mais temer
Não precisam da timidez
Todo dia é dia de viver
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Porque você não verá  meu lado ocidental
Não precisa medo não
Não precisa da solidão
Todo dia é dia de viver ...
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Na parte de Fernando estava escrito:
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Eu sou da América do Sul
Eu sei vocês não vão saber
Mas agora sou cowboy
Sou do ouro, eu sou vocês
Sou do mundo, sou Minas Gerais.
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Daí, fomos com disposição à macarronada da Leise, convictos de que acabávamos de compor uma bela música - apesar da rapidez. Quanto ao nome, ficou sendo o que Lô sugeriu: "Para Lennon e McCartney".





FONTE BLOG 
MÚSICA & LITERATURA
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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

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