sexta-feira, 27 de abril de 2018

SATED - PE, convoca.



     O SATED - PE. Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Pernambuco, convoca os artistas e população em geral para reunião extraordinária sobre o tema: profissão doa artista  e técnico, no próximo dia 02 de maio no Teatro Santa Isabel, a partir das 18:30 horas, com a campanha #Artista Profissional Sim.

Jurista alemão Detlef Liebs recebe título de doutor honoris causa em Brasília




Jurista alemão Detlef Liebs, professor da Universidade Albert-Ludwigs de Freiburgo, Alemanha, recebe título de doutor honoris causa concedido pelo IDP-Instituto Brasiliense de Direito Público. Segundo Gilmar Mendes, Ministro do STF – Supremo Tribunal Federal, “seu trabalho é de grande valia ao estudo do Direito Romano no mundo”.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

O ESTALO DE VIEIRA, QUANDO VAI SER O SEU?






Possivelmente seja uma lenda, uma força de expressão, que pelo telefone sem fio, foi de boca em boca até se cristalizar no inconsciente coletivo. Porém, dizem que antes de ser o tremendo orador e autor dos conhecidíssimos “Sermões”, o Padre Antônio Vieira que nasceu em Lisboa, em 1608, e morreu na Bahia, em 1697. Com sete anos de idade, veio para o Brasil e entrou para a Companhia de Jesus. Quando jovem, este tinha um intelecto sofrível, era totalmente tapado. Sua cabeça só servia pra separar as orelhas uma da outra e segurar o boné. Porém, afirmam alguns de seus biógrafos que maior mesmo do que a sua burrice era a sua enorme fé pela Virgem Maria, mãe de Jesus, a quem sempre fazia orações, pedindo de maneira fervorosa que lhe concedesse o saber necessário das coisas que não possuía até então.
Foi então, que um dia, rezando fortemente para a mesma e no afã de aprender a aprender, o jesuíta sentiu uma espécie de estalo, tão forte, que teria experimentado um aperreio, uma agonia, como quem estivesse quase para morrer ou parir. Tornando-se um dos maiores autores da língua portuguesa.
Esta expressão — "estalo de Vieira" — foi de uso popular durante vários séculos, sobretudo no nordeste brasileiro, para designar uma repentina e miraculosa compreensão de algo que, até aquele momento, fora desconhecido ou impossível para alguém. E, sendo ou não uma estória real, com certeza, em relação a determinadas coisas, situações ou pessoas, todos nós já experimentamos, em algum momento, a sensação de ter um “estalo” desses de Vieira.
No meu caso, nunca fui tão besta. Como se diz por aqui no Nordeste. Sempre sacava muitas coisas, antes da maioria. Tá certo. Mas escrevia errado, não era bom em exatas. Porém, meu estalo de Vieira, veio mesmo após um fora bem dado de uma garota que me rejeitou. Tinha ficado com ela uma noite, apenas uns beijinhos e uns amassos na verdade, mas fui dormir apaixonado desesperadamente pela mesma. Fui procurá-la em outros dias. Até quando nos encontramos, que decepção, senti uma rejeição inexplicável por parte dela. Um afastamento notório de quem não está mesmo afim. Daí, fiquei com aquela angústia. Aquela vontade de botar pra fora o que não sabia o quê. E em um caderno velho, fui rabiscando e escrevendo. Fiz um poema. Depois outro e mais outro. Uns versos melosos. Uns poemas ridículos, umas palavras de dor de cotovelo. Fui tomando gosto pela coisa, pela leitura constante, não tem como dissociar a escrita da leitura, até adorar e fazer da arte de ler e de escrever uma extensão de mim. De minha língua em conjunto com meu cérebro. Uma possibilidade de organizar as palavras caóticas e certeiras do meu pensamento. Uma força que me orgulha até hoje. Ou ainda, uma arma para quando houver demanda da defesa ou o do ataque. Além de me ajudar na vida acadêmica e nas seleções e concursos. Pois no pacote veio junto a ampliada interpretação de textos e conjunturas, a compreensão de cálculos e a memória fotográfica para fórmulas.
Cada um que tenha o estalo de Vieira que mereça. Pois, ser burro pode ser menos doloroso, o cara não compreende a maquinaria sistemática do mundo cão ao seu redor querendo lhe lascar, vive feliz, no entanto, é sem graça, sem futuro e tedioso demais. Quando vai ser o seu estalo?

Música de Protesto

Pesadelo
(Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro)

Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã, olha aí




sábado, 7 de abril de 2018

Poesia é luta

Faz escuro mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Vem ver comigo, companheiro,
a cor do mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar
a cor do mundo mudar.
Já é madrugada,
vem o sol, quero alegria,
que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado
defendendo o coração.
Vamos juntos, multidão,
trabalhar pela alegria,
amanhã é um novo dia.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Poeta guarabirense Ismael Freire da Silva é indicado pela AACG e deverá receber o Registro de Mestre das Artes Canhoto da Paraíba do Governo do Estado.



      


Por meio de uma propositura apresentada pela AACG – Associação de Arte e Cultura de Guarabira, o poeta guarabirense Ismael Freire da Silva, nascido em Bananeiras-PB em 1924, porém, residente em Guarabira desde 1940, foi indicado para receber o Registro de Mestre das Artes Canhoto da Paraíba de acordo com o Edital e Aviso de 28 de março de 2018, em anexo, este receberá mensalmente dois salários mínimos mensalmente. Além deste, mais cinco paraibanos foram premiados.
De acordo com a Lei 7.694 de dezembro de 2004, o Edital REMA – Registro de Mestre das Artes ou título “Mestre das Artes – Canhoto da Paraíba é organizado e supervisionado pelo Conselho Estadual de Cultura – CONSECULT/PB e Governo do Estado da Paraíba regidos por Lei e por deliberações do Consecult-PB e tem por objetivo, reconhecer, proteger e valorizar os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais da Paraíba.
As pessoas que recebem tal título são pessoas que fazem a cultura popular da Paraíba tais como dança, brincadeiras, música, folguedos, artes visuais e outras atividades que por tradição oral receberam e repassam para as novas gerações. Há muitos mestras e mestres que nem se auto reconhecem responsáveis por um conhecimento e por isso precisam ser protegidos e favorecidos.
A pessoa receberá o reconhecimento de sua arte através apreciação da sua vida e relação com a cultura paraibana. Diante desse reconhecimento, se concede um valor correspondente a (02) dois salários mínimos mensais como forma de amparar esses mestres e mestras nas suas atividades e nas suas vidas. O Governo do Estado da Paraíba passa após essa titulação a acompanhar esses mestres e podendo incluí-los em projetos e programações culturais por convite.
Os recursos são de usufruto dos mestres e das mestras, alguns preferindo utilizar para comprar roupas, instrumentos, materiais de suas artes e para o conforto, mobilidade e outras ações que promovam bem estar pessoal, cultural e para a saúde. As contrapartidas são a de transferir seus conhecimentos e técnicas aos alunos e aprendizes, através de programas de ensino e aprendizagem organizados pela Secretaria da Educação e Cultura, cujas despesas serão custeadas pelo Estado, isso, quando a saúde e mobilidade permitirem. Em caso de falecimento os pagamentos não são repassados para parentes e responsáveis.
Podem indicar para tal prêmio, a Assembleia Legislativa-PB; Conselho de Proteção dos Bens Históricos Culturais – CONPEC e; entidades sem fins lucrativos, sediadas no Estado da Paraíba. Em alguns casos a SECULT pode encaminhar a documentação à Comissão de seleção ao título, já que nem sempre há uma entidade no município ou ciente para encaminhar candidaturas.
Em Guarabira o mesmo foi indicado pela AACG que já lhe prestou outras homenagens anteriormente. Este prêmio deve vir em boa hora. Visto que o mesmo, com mais de noventa anos, ainda caminha pela feira distribuindo seus versos digitados em uma folha de papel, em cordel ou em livro recentemente publicado. Além de recitá-los com sua voz baixa e suave e uma memória incrível.
Tal poeta conta, que em sua rica trajetória já trabalhou com outros poetas como Chico Pedrosa, além de ter observado, ao vivo, o lendário poeta e cantador Zé Limeira.  Seu primeiro folheto escrito foi em 1952 com o título ‘A Profecia do Velho Mensageiro’. Em 2016, o poeta teve seu livro ‘Versos Diversos: Sonetos e Poemas’ publicado pela Secretaria Municipal de Cultura de Guarabira.
Para ser merecedor deste título o cidadão deve ser paraibano(a) ou brasileiro(a) residente no Estado da Paraíba há mais de 20 (vinte) anos; Ter 20 anos de participação em atividades culturais e; estar capacitado(a) a transmitir seus conhecimentos ou suas técnicas a alunos ou a aprendizes. Neste último caso, se as condições de saúde não permitirem a transmissão será reconhecida pela história desses mestres na seleção, segundo previsto em Lei.
O povo de Guarabira está em festa e orgulhosa, e, agradece desde já ao Governo do Estado por tal iniciativa que precisa ser copiada pelas demais instituições que trabalham com o segmento.








Fonte. Da redação, adaptado.

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