Planta Tingui: Foto, (Melo, 2015). |
Planta Tingui: Foto, (Melo, 2015).
Planta Tingui: Foto, (Melo, 2015).
Planta Tingui com flores: Foto, (Melo, 2015).
Planta Tingui com flores: Foto, (Melo, 2015).
Planta Tingui com frutos: Foto, (Melo, 2015).
Planta Tingui com frutos: Foto, (Melo, 2015).
Frutos do Tingui: Foto, (Melo, 2015).
Diferenciação de Tingui e Tindi, a segunda cheira: Foto, (Melo, 2015).
Na
produção pecuária do Brasil a ingestão de plantas tóxicas é uma das causas mais importantes em causar perdas econômicas. O gado criado no pasto fica exposto as mais
diversas plantas tóxicas existentes, ou ainda há o risco na contaminação
acidental do alimento oferecido no coxo. Portanto, se faz necessário o conhecimento
desses vegetais de acordo com as regiões que tenham um efeito nocivo para se prevenir
de óbitos e outros prejuízos decorrentes.
Uma
das principais é o Tingui, que se distribui em vários estados brasileiros,
especialmente nos estados do Nordeste e Minas Gerais. É apontada como uma
planta que causa intoxicação aguda em que a morte é antecedida apenas por um
curto período de sinais clínicos e, muitas das vezes, não manifesta sinais
anteriores. .
Nomes
Populares:
De acordo com a região, tingui,
quebra-bucho” na Bahia, “salsa-rosa”,
“rama-amarela” em Minas Gerais, e “suma-branca” e “suma-roxa” no Espírito Santo.
Nome
científico
O
Tingui é uma planta da família Malpighiceae designadas anteriormente como
Mascagnia foram reclassificadas dentro do gênero Amorimia. Dentre as espécies
tóxicas de Amorimia no Brasil encontram-se Amorimia
amazonica, Amorimia exotropica,
Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp.
(complexo Mascagnia rigida; Mascagnia
aff. rigida) e uma planta identificada como Mascagnia sepium, que provavelmente se trate de Amorimia amazonica (Duarte, 2012).
Em
todas as espécies verificadas foi identificado como princípio ativo o
monofluoracetato, composto este que de forma concentrada é utilizado como
raticida, o famigerado 1080.
Sinais
clínicos
Geralmente
os sinais clínicos dos animais intoxicados são potencializados quando estes são
expostos à exercícios físicos. Em bovinos, os principais sinais são:
Instabilidade;
Tremores
musculares;
Movimentos
de pedalagem;
Opistótomo;
Vocalização;
Respiração
irregular;
Taquicardia
e arritmia;
Veias
jugulares ingurgitadas e pulsantes;
Dificuldade
em se levantar;
Descoordenação
motora;
Animais
caídos em decúbito-esterno-abdominal ou em decúbito lateral;
Recuperação
ou morte em minutos ou horas.
De acordo com a Lei nº 8.137/90 com o disposto no art. 7°, II, VII e
IX, os animais mortos não podem ser utilizados para alimentação. Pois, a oferta de alimentos inadequados para o
consumo humano é crime contra as relações de consumo.
Prognóstico
Mal a
reservado
Patogenia
e achados de necropsia
O
MFA inibe competitivamente a citrato acotnitase, resultando no bloqueio do ciclo
de Krebs e redução da produção de ATP, causando insuficiência cardíaca bem como
lesões nos rins.
Alterações histológicas de degeneração do músculo cardíaco e
de túbulos renais.
Tratamento
Limpeza constante do local
onde tem estas plantas, pois elas rebrotam em torno de quinze dias, porém é
difícil. Deve-se ainda marcar áreas mais infestadas;
Evitar movimentar animais
intoxicados, deixando-os de 8 a 14 dias de repouso e, quando o fizer, da forma
e nos horários mais tranquilos possíveis e de forma mais espontânea para o
animal;
Está em estudo a inoculação
intrarruminal de bactérias aeróbicas Ancylobacter
dichloromethanicus e Pigmentiphaga
kullaem, pois estas degradam o monofluoroacetato de sódio (MFA), porém se
faz necessário o aprofundamento das pesquisas;
A administração de doses não
tóxicas da planta para induzir resistência ao princípio ativo;
Fornecimento de água à vontade;
Referencias
bibliográficas.
Duarte, Amélia Lizziane
Leite. Intoxicações por Amorimia spp. E
Callaeum psilophyllum em ruminantes / Amélia Lizziane Leite Duarte - Patos:
CSTR/PPGMV, 2012.
Pessoa D.A.N., Silva L.C.A., Lopes J.R.G., Macêdo M.M.S., Garino Jr F., Azevedo S.S. & Riet-Correa F. Resistência à intoxicação por Amorimia septentrionalis em caprinos, induzida pela inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Pesq. Vet. Bras. 35(2):125-128, fevereiro 2015.
Tokarnia,
C.H.; Dobereiner, J.; Peixoto, P.V. Plantas tóxicas do Brasil. Ed.
Helianthus, Rio de Janeiro, 320p. 2000.
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