segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

UEPB deveria se juntar a UNICAMP e a UNB e criar também a disciplina sobre o Golpe de 2016.


           






           A atual conjuntura necessita que os intelectuais de diversos segmentos, professores e alunos que valorizam a liberdade de expressão acadêmica tomem uma atitude coletiva e unificada de forma eficiente em pautar uma reflexão com o povo brasileiro, impedindo assim qualquer restrição ao pensamento formador de ideias e, ou reflexões da sociedade.
É por demais justo e certo. Pois, o povo deve saber que este país é feito de golpes e trapaças ao longo de sua história. E graças à mídia golpista, aos juízes partidários e aos parlamentares egoístas que negociam seus votos por dinheiro, sofremos um duro golpe em nossa democracia, com a retirada da Presidenta Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer, juntamente com o candidato derrotado nas urnas, Aécio Neves na sua base de apoio.
Inclusive porque as universidades foram umas das principais vítimas de tal investida sendo retirado destas um volume significativo de recursos, bem como a inviabilização de alguns cursos, como o Curso de História, com a modificação desnecessária e vertical do currículo escolar com a denominada reforma do ensino feita sem nenhuma discussão significativa com a sociedade, retirando a obrigatoriedade de tal disciplina.  
A cadeira Tópicos Especiais em Ciência Política 4: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil, ofertada pelo professor Luís Felipe Miguel, está lotada e já tem lista de espera. De acordo com o sistema da Universidade de Brasília (UnB), 40 estudantes aguardam desistência para cursar a matéria. O semestre letivo começará no dia 5 de março.
De acordo com a ementa, ao longo do curso, os estudantes entenderão “os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff (PT)”. Além disso, a matéria pretende analisar o governo presidido por Michel Temer (MDB/SP) e “investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.
A proposta da disciplina provocou grande turbulência no meio político. O Ministério da Educação (MEC) pediu desnecessariamente que o Ministério Público Federal investigue a matéria. A pasta do ministro golpista também encaminhou a mesma solicitação à Advocacia-Geral da União (AGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo, segundo o MEC, é apurar se houve ou não improbidade administrativa. Porém, o que vemos aí é um total cerceamento da liberdade e uma investida contra a autonomia da universidade, um requisito básico para sua sobrevivência.



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